terça-feira, julho 13, 2004

afinal o coração sempre pode partir

Fui à conferência do António Damásio na Gulbenkian. Era sobre a Biologia das emoções. é fascinante descobrir porque temos diferentes sentimentos face a várias situações. Já se tinha chegado ao ponto de se dizer que era tudo devido ao sistema nervoso, mas hoje veio revelar-se que não é só isso. O formigar no corpo, corar, sentir o coração batendo a um ritmo acelerado, sentir-se ansioso, são tudo manifestações que já todos nós pudemos experimentar ao pé de alguém que nos atrai. Aliás, a linguagem dos poetas é povoada de corações tristes e contentes, "fogo que arde sem se ver" como referências a esse gajo estranho que é o amor. E até Pessoa escrevia cartas de amor ridículas, "porque é assim que elas devem ser", manifestando a desordem (ou ordem, quem sabe?) causada pela cadeia de processos endócrinos que tem como consequência esses sintomas. O que este senhor de renome internacional veio dizer é que de facto estas reacções podem iniciar-se no sistema nervoso, mas logo podem desencadear outros processos que levam à chegada ao coração, pela via sanguínea, de substâncias que o excitam e o fazem bater mais depressa.
Afinal os poetas sempre tinham razão, sempre se pode morrer de amor, se pensarmos em arritmias do coração ou ataques cardíacos, isto levando a coisa mais ao extremo, claro :p

2 Comments:

Blogger Baya said...

secalhar é por isso que as pessoas nao se amam umas ás outras, das duas uma.. ou tem medo de morrer ou não tem coração..

2:49 da manhã  
Blogger R. said...

lololol! mesmo...

3:14 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home