Um conceito em risco
Parques Naturais. Alguns insurgem-se contra o conceito. Dizem-nos "parques contra pessoas" para mascarar a causa financeira com os motivos cor-de-rosa de um humanismo inventado à pressa. Terra-mundo. Nosso? Deles?
Esta é a introdução de um ensaio da National Geographic - Portugal de Outubro de 2006, intitulada "O FUTURO DOS PARQUES", escrito por David Quammen. Um nariz-de-palhaço distingue os defensores da civilização oponente a qualquer causa natural que se atravesse no que se pensa ser o caminho do progresso humano daqueles que julgam possível essa mesma civilização com um carácter de respeito pela Natureza. Digo: "É possível", madeireiro troglodita que no documentário sobre desflorestação enfeita de argumentos humanos a devastação que vai provocando. "Olhe só a quantidade de emprego que eu dou a esta gente!"_ diz o senhor. As multinacionais com fábricas na Índia dizem o mesmo, e nem por isso deixam de explorar as crianças como mão-de-obra para coser bolas de futebol. Não é a mesma questão, mas toca no mesmo princípio: não olhar a meios para atingir os fins. E não me digam que é pelas pessoas que vivem desse negócio. Porque elas só sobrevivem.
«Na maioria dos casos, um parque nacional é um acto marcadamente ambivalente, alimentado por objectivos colectivos: sonhador mas prudente, egoísta mas abnegado, local mas com significado global. Ao contrário de um hino ou de uma bandeira, um parque nacional existe nas dimensões concretas da geografia, da biologia e da economia. E também na dimensão do simbolismo. Tem habitantes vivos e fronteiras físicas. Tem vantagens e custos. Tem amigos e, por vezes, inimigos. Tem uma aura de permanência sagrada por ser um local que a sociedade escolheu reservar e proteger para sempre.
Mas quanto tempo dura "para sempre"?»
Esta é a introdução de um ensaio da National Geographic - Portugal de Outubro de 2006, intitulada "O FUTURO DOS PARQUES", escrito por David Quammen. Um nariz-de-palhaço distingue os defensores da civilização oponente a qualquer causa natural que se atravesse no que se pensa ser o caminho do progresso humano daqueles que julgam possível essa mesma civilização com um carácter de respeito pela Natureza. Digo: "É possível", madeireiro troglodita que no documentário sobre desflorestação enfeita de argumentos humanos a devastação que vai provocando. "Olhe só a quantidade de emprego que eu dou a esta gente!"_ diz o senhor. As multinacionais com fábricas na Índia dizem o mesmo, e nem por isso deixam de explorar as crianças como mão-de-obra para coser bolas de futebol. Não é a mesma questão, mas toca no mesmo princípio: não olhar a meios para atingir os fins. E não me digam que é pelas pessoas que vivem desse negócio. Porque elas só sobrevivem.
1 Comments:
Infelzimente para os "outros", não existe muita gente disposta a quebrar certos hábitos que lhes dão regalias e que lhes custou suor a construir. As pessoas procuram ver o que querem ver, como querem. Uma industria é sinónimo de uma rede de pessoas, a beneficiar da produção de algo.
Armas, Madeira, Petróleo, Coca, Fármacos, muito lixo dont stop... Nas suas origens, objectos super necessários, agora viram-se contra todos... Podes resistir até ao fim, mas também é provável que morras pelo caminho. força ai 8)good luck
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