terça-feira, julho 20, 2004

Úrsula Maior#1

A esta hora as ruas estão lavadas. Respiro um halo de frescura vindo das árvores do jardim do hospital. Envolve-me a noite num negro vago de ti. Existes apenas naquele plano a que poucos permiti ascender, e no entanto ignora-lo. Enquanto me pasmo com a Ursula Maior escrita no meu braço por sinais, tu vestes-te da altitude de uma lua limpa, com roupas de mistério e ceptro de claridade.  Não sei quando me perdi nos teus meandros, só te quero dizer que ainda estou perdida no labirinto em que me enclausuraste.