XIII
"Bem negra avulta aqui, na paz do vale,
A imagem desse povo, que reflui
Das moradas à rua, à praça, ao templo;
Que ri, e chora, e folga, e geme, e morre,
Que adora Deus, e o pragueja, e o teme;
Absurdo misto de baixeza extrema
E de extrema ousadia; vulto enorme,
Ora aos pés de um vil déspota estendido,
Ora surgindo, e arremessando ao nada
As memórias dos séculos que foram,
E depois sobre o nada adormecendo."
(continua..)
Poesia de Alexandre Herculano
Paul Gauguin
[French Painter, 1848-1903 - Post-Impressionism/Art Nouveau]
"Bem negra avulta aqui, na paz do vale,
A imagem desse povo, que reflui
Das moradas à rua, à praça, ao templo;
Que ri, e chora, e folga, e geme, e morre,
Que adora Deus, e o pragueja, e o teme;
Absurdo misto de baixeza extrema
E de extrema ousadia; vulto enorme,
Ora aos pés de um vil déspota estendido,
Ora surgindo, e arremessando ao nada
As memórias dos séculos que foram,
E depois sobre o nada adormecendo."
(continua..)
Poesia de Alexandre Herculano
Paul Gauguin
[French Painter, 1848-1903 - Post-Impressionism/Art Nouveau]
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