terça-feira, agosto 16, 2005

"Os dois afastando-se, o braço dele sobre os teus ombros, o segredo ao ouvido e esse cabelo, onde me perdia, volteando ao ritmo da gargalhada. Serias incapaz da chacota a meu respeito, é outra a razão, simples e infernal - estás feliz. E uma parte de mim, ainda tímida, quase clandestina, deixa cair os braços e reconhece a derrota e culpa, fica grata pelo que me deste e murmura um "boa sorte" que todo o resto do que sou fita horrorizado. Será isto finalmente o amor?"

"Estes difícies amores" - Júlio Machado Vaz



Edvard Munch
[Norwegian Painter, 1863-1944 - Symbolism/Expressionism]

6 Comments:

Blogger R. said...

se fosse nao os deixaria afastar descrevendo bucolicamente "o seu amor" com outro que nao ele. ou seria apenas cobarde?

10:31 da tarde  
Blogger Baya said...

no entendes. eles por estar a deixa-la ser feliz, está a praticar o amor. Não está a praticar o egoismo. Está a sacrificar-se pelas pessoas. Será isso o verdadeiro amor?

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! yep

10:43 da tarde  
Blogger R. said...

depende. mas o verdadeiro amor associado à impossibilidade de o praticar? está a auto-manietar-se. Acho que nao se trataria de egoísmo expurgar o que lhe ia na alma.

10:49 da tarde  
Blogger Unknown said...

o amor pode manifestar-se de várias formas. existe amor quando trememos ao ver a pessoa que amamos, é um sentimento tornado sensação. aquilo que se faz com essa sensação varia logicamente. não existe o verdadeiro amor, existem inúmeras formas de o sentir e viver. apenas o sentimento é universal.

6:06 da tarde  
Blogger Baya said...

AMor/Paixão/Posse

12:04 da tarde  
Blogger R. said...

eu ca concordo com o joao...esta é daqueles tópicos mais não-lineares possível

9:08 da tarde  

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