quinta-feira, março 24, 2005

"Mas você não é o seu nome, nem a sua idade, nem a sua infância, nem as suas crenças, nem os seus medos. Eles são parte disso, mas não o todo.
Por isso, quando falamos de não tentar tão arduamente ser "alguém" e em vez disso apenas experienciar ser, directamente, quer dizer que começa de onde se encontra e trabalha a partir daí." A meditação não é tentar ser ninguém, ou ser um zombie contemplativo, incapaz de viver no mundo real e de enfrentar problemas reais. Trata-se de ver as coisas como são, sem as distorções dos nossos próprios processos de pensamento. Parte disso é perceber que tudo está interligado e que enquanto a nossa sensação de "ter" um eu é útil sob muitas formas, não é absolutamente real, nem sólido, nem permanente. Por isso, se deixar de tentar fazer-se mais do que é com medo de ser menos do que é, quem quer que você seja ficará mais leve, mais feliz, e será mais fácil conviver consigo."



Tamara de Lempicka [Polish/American Painter, 1898-1980 - Art Deco]

terça-feira, março 22, 2005

"Não-ego não quer dizer ser ninguém. Significa que tudo está interdependente e que não existe um núcleo "você" isolado e independente."




Giorgio de Chirico
[Italian Painter, 1888-1978 - Surrealism]

domingo, março 20, 2005

"Os homens vulgares detestam a solidão.
Mas o Mestre utiliza-a,
abraçando o seu isolamento, percebendo
que é um com todo o Universo."

Lao-Tzu, Tao-te-Ching


Pierre Puvis de Chavannes [Pintor Francês, 1824-1898 - Simbolismo]

sábado, março 19, 2005

"Desde que tente dando o seu melhor, não pode haver erro."
Mahatma Gandhi

temos foto:


temos sites :
http://www.putfile.com/media.php?n=hurratorpedo
http://www.militaryphotos.net/forums/viewtopic.php?t=41264&postdays=0&postorder=asc&start=0

quarta-feira, março 16, 2005

"Certamente aquilo a que chamamos vida, ou saúde, ou biosfera, são tudo sistemas complexos de interligações, sem qualquer ponto de principio ou de fim."



Salvador Dali [Spanish Painter and Sculptor, 1904-1989 - Surrealism]

segunda-feira, março 14, 2005

"Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crecer!"



Gustave Courbet
[French Painter, 1819-1877 - Realism]

sábado, março 12, 2005

Pressões

http://www.twotigersonline.com/products.html

Convido-vos a visitar este site. Muitas vezes é o mercado que acaba por impor certos habitos nas pessoas. A Economia também tem grande poder de influência nas politicas dos Estados dos nossos dias. Resta-nos esperar que este negócio nao tenha muitos accionistas politicos.

quinta-feira, março 10, 2005

"A consciencialização é realmente o oposto da rotina. "

in Aonde quer que eu vá (Jon Kabat-zinn)


John Collier
[British Painter, 1850-1934 - Pre-Raphaelite]

ironia das relações interpessoais

pisam-nos a alma,
e pedem-nos desculpa por nos pisarem o pé.

terça-feira, março 08, 2005

ahhhhhhhhhh perfeito!

(...)
A cidade está deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura
Ora amarga! ora doce
Pra nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura
(...)

Ornatos violeta, Ouvi Dizer

Vai de uma forma de estar

Um crime à minha porta

Isto é verdade
Sem dor nem magoa
Isto é só mais uma razão
Pra estar sem ninguém
Por ti

Vim da rua de matar alguém
E foi assim que eu matei por bem
As razões
Não há razões
É que eu não tenho mais amor pra dar
E a ninguém
Quero não amar para não cair
Não vou dar
E não vou ter
A mesma forma de estar
Tudo bem vá durar um dia
Faça agora tudo o que eu fizer
Quero estar voar e só contigo
Mas só enquanto eu quiser

Sobre esta forma de amar
Vai de uma forma de estar

Vim da rua de matar alguém
Agora espero o sol
Agora espero só
Quem não dá para ter quem não dá
Pra dar um brilho ao ego
E ter assim o cheiro do que um dia
Seria
O nosso dia
Daquilo que eu faria

Agora sinto a dor
Agora sinto a dor
Por quem matei
Por ter feito amor
Qual dor
Eu só faço o que eu quero
Eu não penso em ninguém
Por pensar
Meu nome é partir
E voltar
E tudo por quem?

Sobre esta forma de amar
Vai de uma forma de estar

Levo-me ao inverno
Pela mão da minha culpa
Tenho a força para ser mais forte
E roubo-te a desculpa
Eis a preocupação
Com uma qualquer situação anormal
É triste o fim ser igual
Para nós
Estar nas nossas mãos
O evitar
Simples da dor
E qualquer dia me trás
Até mim

Qual a minha culpa qual
A sentença
Da lição não tiro nada
Mas que o crime só compensa
E se eu matar
Logo pela madrugada

Sobre esta forma de amar
Vai de uma forma de estar

Eu não sou normal
Eu não quero ser igual
Isso é virar um homem
Que eu não sou
(Sou) ouro em teu olhar
Serei o pai do teu prazer até ao dia
Em que o amor for para nós
A ultima fatia
E se o trago é difícil
E a veia entope
Só nos resta a nós os dois
A hemorragia

Sobre esta forma de amar
Vai de uma forma de estar

Ornatos Violeta

segunda-feira, março 07, 2005

Joni Mitchell....

"A Harmonia da Natureza está à nossa volta e dentro de nós o tempo todo. Senti-la é uma ocasião de grande felicidade; mas muitas vezes só é apreciada em retrospectiva ou na ausência. Se tudo está a correr bem no corpo, a tendência é não darmos por nada. A ausência de dor de cabeça não é noticia de primeira página para o cortex cerebral. Capacidades tais como, andar, ver, pensar e espreitar cuidam-se por si próprias, e por isso misturam-se na paisagem do automatismo e da incosciência. Só a dor, o medo ou a perda é que nos despertam e fazem focalizar as coisas. Mas nessa altura a harmonia é mais dificil de ver, e damos connosco apanhados pela turbulencia que se contém a si própria, como rápidos e quedas de água, por uma ordem de um nível mais difícil e subtil dentro do rio da vida. Tal como canta Joni Mitchell, "Não sabes o que tens senão depois de já não teres... "

in Aonde quer que eu vá (Jon Kabat-zinn)


Marc Chagall
[Russian/French Painter, 1887-1985 - Surrealism]

sábado, março 05, 2005

mariti is back...

(desculpem o tamanho)
A letargia so ser, o deixa andar sem nada conduzir, a angustia dum destino para o qual nao se tem o entusiasmo de mudar. é muito grande o numero de pessoas que se sente espectador de uma vida que nao parece sua.
Esqueceram que o corpo está ca para ser usado, a mente para ser trabalhada e a vida para ser vivida.
Sao horas perdidas a pensar "no que seria se eu isto ou aquilo...", sao anos perdidos a mergulhar num poço de apatia.
acreditar que se vem ao mundo por uma razao, compromete-nos a nao adormecer numa inércia profunda. apesar das nossas diferenças somos todos seres criativos, com uma alma que se manifesta de uma forma muito peculiar. deixar que essa criatividade nao brote, é esquecer parte do nosso "eu" num quarto escuro, quando este precisa de ser liberto e voar.
Saltar da poltrona dum sofa marcado pelas nosas costas, encontrar novos caminhos para chegar a casa, descobrir o som do nosso riso, desligar a tv e comtemplar simplesmente... o que acontece... no inicio pode assustar, somos nos que aliestamos diante dum imenso pano de fundo para fazer o que nos apetecer. nada nos é imposto, e é nesse momento que podemo começar a fazer o que nos vai na alma.
A diferença dos que sao chamados de empreendedores é essa, alguem que usa e abusa da sua riqueza interior para criar, e explora sem medos de encontrar realidades inesperadas, pois a medida que vai criando, percebe que o que interessa é isso mesmo, o caminho, e tudo o resto é deixado para segundo plano.. "seras campeao do mundo mesmo que nao ganhes um unico campeonato (nat yong)".".

rita rocha, in magnólia

quarta-feira, março 02, 2005

Sentar-se junto ao Fogo

"Em vez disso vemos televisão ao fim do dia, uma pálida energia de fogo electrónico, e pálida em comparação. Submetemo-nos a um constante bombardear de sons e imagens que vêm de outras mentes diferentes das nossas, que enchem as nossas cabeças com informação e trivialidades, aventuras, excitação e desejos de outras pessoas. Ver televisão deixa-nos menos espaço no dia para sentir o silêncio. Absorve o tempo, o espaço e o silêncio, um soporífero que nos embala até à passividade incosciente. "Pastilha elástica para os olhos" chamou-lhe Steven Allen. "



Paul Cezanne
[French Painter, 1839-1906 - Post-Impressionism]

terça-feira, março 01, 2005

Da loucura e da sapiencia

" XXXVII-Voltemos à felicidade dos fátuos.
Passada a vida com muita alegria, sem sentido nem medo algum da morte, emigram directamente para os Campos Elíseos, e vão deleitar com os seus ludos as almas ociosas e pias.
E comparemos agora a sorte deste louco com o destino dum sapiente qualquer. Escolhei um exemplar de sapiência, um homem que consumiu toda a puerícia e toda a adolescência no estudo das disciplinas, e que perdeu a mais suave parte da vida com vigílias, cuidados, labores sem fim, e que, no resto da vida, se viu privado até de menor prazer; foi sempre parco, pobre, triste, tétrico, iníquo e duro para consigo, grave e desagradável para com os outros; pálido, macerado, valetudinário, envelhecido muito antes do tempo, com a vida prestes a fugir-lhe. Aliás, que lhe importava morrer, se nunca viveu? Aí tendes a grégia imagem daquele sapiente."

in ELOGIO DA LOUCURA, Erasmo (1466-1536)