segunda-feira, junho 27, 2005

mééé

"Ora, é importante saber que, historicamente, todas as produções culturais que considero - e espero não ser o único -, que um certo número de pessoas considera como sendo as produções mais altas da humanidade, as matemáticas, a poesia, a literatura, a filosofia, todas essas coisas foram produzidas contra o equivalente dos níveis de audiência, contra a lógica do comércio. Vermos que esta mentalidade dos níveis de audiências se reintroduz até entre os editores de vanguarda, até entre as instituições do saber, que se põem a fazer marketing, é extremamente inquietante, porque ameaça pôr em causa as próprias condições da produção de obras que podem parecer esotéricas, porque não vão ao encontro das expectativas do seu público, mas que, a prazo, serão capazes de criar o seu próprio público."

"Sobre a Televisão" Pierre Bourdieu


Jean-François Millet
[French Painter, 1814- 1875 - Realism]

sexta-feira, junho 24, 2005

these are merely details

do site de radiohead http://www.radiohead.com/Archive/Site1/elsewhere.html

"that is a very heavy load you r
carryin
bods step aside
others step aside follow watch

in amusement

derision

you don'''t even know its there

talk of your problems your tortured soul after a couple of glasses of good wine
you ar bein folowd by a cloudOf lost souUls all asking for he lp

you run away scared outOfyourWits
thats is a heavyle load so you can't run so fast

sanctury you find ina n the dream of anearly grave and a few forlorn words

a million and one pinpricks in the one youloVe HOPIng she ll
give up on yu so youd r e a l l y hav someone tobLame

boy
you hav got to get your house in

order "

terça-feira, junho 21, 2005

"Nomear, como se sabe, é fazer ver, é criar, é trazer à existência. E as palavras podem ser devastadoras."

"Sobre a Televisão" Pierre Bourdieu


Henri Matisse
[French Painter and Sculptor, 1869-1954 - Fauvism]

segunda-feira, junho 20, 2005

ser português?!

"Os Portugueses não convivem entre si, como uma lenda tenaz o proclama, espiam-se, controlam-se uns aos outros; não dialogam, disputam-se, e a convivência é uma osmose do mesmo ao mesmo, sem enriquecimento mútuo, que nunca um português confessará que aprendeu alguma coisa de um outro, a menos que seja pai ou mãe…"

Eduardo Lourenço (1978) O labirinto da Saudade

sexta-feira, junho 17, 2005

"Vitimas e Sortudos com Deus Baco e Cogumelos". parte 1

Marca meia noite no relógio mais próximo, os lápis são muitos mas a falta de afias provoca neles um desgaste que permanece. Estes são esquecidos, pela casa , espalhados, outrora foram os reis , os melhores amigos. Mas são ignorados pela condição humana da perguiça e pela ordem do Capitalismo. Lápis perdem emprego, são ignorados e desprezados, cheios de potencialidade são postos á margem.
Nunca se pensou ou imaginou, mas um lápis a mim falou, "olhá merda!", vejam só que lápis mais malandro. A sua afirmação fez.me tê-lo em conta, "fodass vou afíá-lo ".
A sua pele cai sem paradeiro, fazendo.me lembrar quando atirava para o chão células mortas deste amigos em aulas de qualquer coisa. O lápis agradece, eu retribuo. Estou grato sim, pois este amigo fez.me recordar que existem muitas injustiças quem nem aparecem na comunicação social.

Até Hoje ainda troco correspondência com o meu amigo lápis, embora saiba que um dia um de nós se irá gastar.



René Magritte
[Belgian Painter, 1898-1967 - Surrealism]

segunda-feira, junho 13, 2005

"A violência Simbólica é uma violência que se exerce com a cumplicidade tácita dos que a sofrem e também, muitas vezes, dos que a exercem na medida em que uns e outros estão inconscientes do facto de a exercerem ou de a sofrerem. A sociologia, como todas as ciências, tem por função revelar coisas escondidas; fazendo-o, pode contribuir para a minimização da violência simbólica que se exerce nas relações sociais e em particular nas relações de comunicação mediática."

"Sobre a Televisão" Pierre Bourdieu


August Macke
[German Painter, 1887-1914 - Expressionism]

terça-feira, junho 07, 2005

"Temos de ser tolerantes para com o espirito e de vez em quando darmos-lhe um descanso que sirva de alimento e de restabelecimento. Temos ainda que passear em espaços abertos,para fortalecer e elevar o espirito a céu livre e em pleno ar.Por vezes um passeio, uma viajem ou uma mudança de local dão força ou até mesmo um banquete e uma bebida em doses mais generosas. Às vezes temos mesmo que nos embriagar, não para que ela nos absorva, mas para que nos acalme, pois ela faz desaparecer as preocupações, agita até o que está mais profundo na alma e pode ser a cura das tristezas e de certas doenças. Líber ( um dos nomes de Baco)foi chamado o criador do vinho não porque solta a língua, mas porque liberta a alma da escravidão das preocupações, restabelece-a, torna-a mais forte e faz com que seja mais arrojada em todos os esforços. Tal como na liberdade, também no vinho é necessário moderação. Não devemos recorrer ao vinho frequentemente, para não adquirirmos esse mau hábito. Devemos deixarmo-nos levar de vez em quando à alegria e liberdade, removendo um pouco a triste sobriedade."

"Sobre a Tranquilidade da Alma e Sobre o Ócio" L.Séneca (4 d.c. - 65 d.c.)


Roy Lichtenstein
[American Painter, 1923-1997 - Pop]